sexta-feira, maio 13, 2011

"Os Capangas de Newton"


O nono capítulo do livro “A Guerra do Cálculo” de Jason Socrates Bardi, traz o seguinte título: Os Capangas de Newton. De frente com este título várias suposições podem passar pela nossa mente criativa, tais como, homens fortemente armados fazendo a escota de Newton ou até mesmo, pessoas pagas para dar um coça no Leibniz. Mas, se tratando de Isaac Newton, não podemos falar de outra coisa que não seja um embate intelectual.

Em meados de 1700, a fama de Newton era muito grande no território britânico e em alguns países da Europa, e isto, despertou a admiração de muitas pessoas, incluindo, especialmente, duas pessoas, eram Nicolas Fatio de Duillier e John Keill, os que são denominados por Bardi, em seu livro, como “Os Capangas de Newton”.

Conta o autor, que nessa mesma época, ocorria um grande embate politico-monárquico para se definir a sucessão do reino da Grã-Bretanha.
Aproveitando algumas deixas, os dois foram incisivos e ferrenhos a defender e atribuir a autoria do Cálculo diferencial à Newton e mostrar que Leibniz não passava de um plágio.

Nos da equipe “Os Capangas de Newton” somos defensores da verdade, tão ferrenhos e incisivos quanto Fatio e Keill, mas em nenhum momento nossa intenção é atacar Leibniz ou qualquer outro autor.

A adoção deste nome vem da nossa interpretação e compreensão quanto ao livro “A Guerra do Cálculo” e do título do 9º capítulo, “Os Capangas de Newton”, em que, a nós, refere-se aos aliados intelectuais de Newton. Nós também nos colocamos com aliados intelectuais de Newton e não militantes extremistas newtonianos.

Todas a teorias tem um fundamento e uma logica validas, as quais devem ser estudas, analisadas, experimentadas e aperfeiçoadas, assim, podendo ser aplicadas.


Referências:
BARDI, Jason Socrates. A guerra do cálculo / Jason Socrates Bardi [tradução de Aluizio Pestana da Costa]. -  2. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2010.

A Guerra do Cálculo


“No início do século XVII, Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) e Sir Isaac Newton (1642-1726) estavam a ponto de entrar em guerra.” (BARDI, 2010).


Jason Socrates Bardi, autor de “A Guerra do Cálculo”, propõe-se a contar uma das mais interessantes histórias acerca da ciência, a saber, a briga entre Newton e Leibniz pelo reconhecimento da criação do Cálculo diferencial. Bardi descreve, desde o princípio, as vidas de dois grandes gênios, os quais, de maneiras aparentemente distintas, chegaram a uma mesma conclusão em relação aos estudos do Cálculo Diferencial.


A bibliografia é extensamente levantada, com dados interessantes e um bem resolvido encadeamento de fatos, pois Bardi busca antes um estilo limpo, e a descrição imparcial dos eventos. Preocupado em sublinhar fatores que potencializariam o conflito entre os séculos XVII e XVIII, a repetição de dados dentro do texto é constante, algumas informações são fornecidas em uma parte do texto, e, poucas páginas depois, elas se repetem, sem mudança de enfoque ou estilo, o que justificaria, em parte, um possível reforço de um evento descrito.

Leibniz e Newton tinham bastante coisas em comum quando adultos: ambos eram cientistas geniais, localizados numa encruzilhada da história onde o método experimental começava a se tornar difundido, estavam direta e indiretamente envolvidos com a politica monárquica da época. Graças a este último, os dois se aproximaram do poder, conseguindo, assim, buscar recursos para as ciências que tanto amavam.

Por amarem eloquentemente suas ciências, concentraram suas forças e vidas no que acreditavam, a tal ponto, que Newton morreu aos 80 anos virgem, e Leibniz não ficou muito atrás.

A grande discussão, gira em torno de quem haveria desenvolvido o estudo sobre o Cálculo Diferencial primeiro, pois, segundo documentos e testemunhas, Newton teria escrito suas primeiras ideias sobre o que chamará de “a ciência dos fluxos” entre 1665 e 1666, as quais viria a publicar bem mais tarde em 1704, no artigo Ótica; por outro lado, Leibniz, logo após concluir seus estudos (inciados 10 anos antes) publicou dois artigos entre 1684 e 1686, o qual denominou Cálculo (que vem do latin calculus – tipo de pedra usada pelos romanos para fazer contas). O fator determinante para desencadear esta guerra, é o fato, de que, por ter iniciado seus estudos antes de Leibniz, mas não ter publicado-os e, então, publicado-os depois de Leibniz, surgiram varias suposições, especulações, histórias e varias lendas, que vão desde plágio ao roubo de escritos e ideias.

Newton terminou seus dias como chefe da Casa da Moeda e passou por fases depressivas estudando alquimia, e Leibniz, por seu turno, se comprometeu a redigir a nada interessante saga da Casa de Brunswick. Para um homem que se adiantou a seu tempo, percebendo, por exemplo, insights nada triviais sobre geologia, como o alemão, ou para um homem que elucidou o mistério das órbitas, constando do currículo de física até hoje, como o inglês, é muito pouco.

Talvez as disciplinas de Cálculo e da própria matemática não fossem tão chatas se soubéssemos dos bastidores de sua criação, e dos problemas que eram de difícil resolução antes da invenção desta fenomenal ferramenta.


Referências:
BARDI, Jason S. A Guerra do Cálculo / Jason Socrates Bardi [Tradução de Aluizio Pestana da Costa]. - 2. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2010.
GILVAS. "Jason Socrates Bardi: A Guerra do Cálculo". Publicado em: 23 abr. 2009. Disponível em: <http://gilvas.wordpress.com/2009/04/23/jason-socrates-bardi-a-guerra-do-calculo/>. Acesso em: 11 maio 2011.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...